Governo de Pernambuco sanciona lei que garante cotas raciais de 30% das vagas em concursos e seleções estaduais
29/10/2025
(Foto: Reprodução) Veja os vídeos que estão em alta no g1
O governo sancionou a lei que reserva 30% das vagas ofertadas em concursos públicos e seleções simplificadas do estado para pessoas pretas, indígenas, pardas e quilombolas. O projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) após a suspensão do edital do Concurso Público Unificado (CPU) em meio a críticas por falta de cotas raciais (saiba mais abaixo).
A norma estabelece que, do total de vagas oferecidas em processos seletivos realizados pela gestão estadual, 25% sejam destinados para pretos e pardos, 3% para indígenas e 2% para quilombolas.
✅ Receba as notícias do g1 PE no WhatsApp
A lei foi sancionada na noite da terça-feira (28) pelo presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Ricardo Paes Barreto. Ele assumiu como governador em exercício durante viagens da governadora Raquel Lyra (PSD) e da vice, Priscila Krause (PSD), para a Dinamarca e a Argentina, respectivamente.
Segundo o governo, a proposta altera a Lei nº 14.547, de 21 de dezembro de 2011, que institui regras para a realização de concursos públicos em Pernambuco.
O PL 464/2023 unificou os Projetos de Lei Ordinária 464/2023, 593/2023 e 680/2023, de autoria de Dani Portela (PSOL), João Paulo Costa (PCdoB) e Rosa Amorim (PT), respectivamente. Ou seja, essa aprovação foi de um projeto que já tramitava na Alepe, e não da proposta enviada pela governadora em 10 de outubro após suspender as inscrições no CPU.
A proposta foi aprovada pela Alepe no dia 15 de outubro. Na ocasião, 36 deputados aprovaram a proposta e apenas um registrou abstenção, o deputado Renato Antunes (PL).
Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife
Yacy Ribeiro/Divulgação
CPU ainda sem nova data
O governo de Pernambuco suspendeu temporária das inscrições do Concurso Público Unificado de Pernambuco (CPU) um dia depois do lançamento do edital. O concurso prevê 460 vagas para cargos de níveis médio e superior, com salários de até R$ 11,3 mil.
Após a publicação do edital, a Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que a falta de cotas feria o Estatuto Igualdade Racial do estado.
Segundo o governo, os candidatos que já se inscreveram estão com a participação nas provas garantida e não precisarão se inscrever novamente no CPU.
No entanto, as novas datas de inscrição para outros candidatos e de realização das provas ainda serão divulgadas.
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias