Trompetista Walmir Gil acerta contas afetivas com João Donato em álbum feito com quinteto de afro jazz latino

  • 28/10/2025
(Foto: Reprodução)
O trompetista Walmir Gil lança na sexta-feira, 31 de outubro, o álbum ‘João Donato, presente!’ André Jung / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♬ Um dos fundadores da Banda Mantiqueira, big band paulistana criada em 1991, o trompetista Walmir Gil integrou a banda de Djavan na década de 1990 e já dividiu o palco com outros ícones da MPB como Caetano Veloso, João Bosco e Milton Nascimento. Mas sempre carregou a frustração de não ter cruzado o caminho profissional com o de João Donato (17 de agosto de 1934 – 17 de julho de 2023). Nas vezes em que Walmir foi convidado a tocar com o compositor e pianista acreano, estava viajando e teve que recusar o trabalho. A rigor, Walmir Gil nunca conheceu Donato pessoalmente, mas já é íntimo do cancioneiro do compositor desde a década de 1970, quando, nos bailes da vida noturna de Santos (SP), tocava arranjo particular de Lugar comum (1974), parceria de Donato com Gil. Sob tal prisma, o álbum instrumental que Walmir Gil lança na sexta-feira, 31 de outubro – intitulado João Donato, presente! e assinado pelo Walmir Gil Quinteto – simboliza afetivo acerto de contas do trompetista com o compositor que sempre admirou. Lugar comum está naturalmente entre as oito músicas do disco. Para tocar Donato no álbum, Walmir Gil lidera quinteto de afro jazz latino formado, além do músico, pelo pianista Bruno Cardozo, o baixista Carlinhos Noronha e o baterista Cuca Teixeira, além da percussionista argentina Caro Cohen, já habituada a transitar pelo ritmos afro-cubanos da música latina. No álbum João Donato, presente!, a bossa latina do compositor é temperada com o suingue afro e a imprevisibilidade do jazz, exceto na abordagem mais melódica da canção A paz (João Donato e Gilberto Gil, 1987). Convidado do Walmir Gil Quinteto e também um dos fundadores da Banda Mantiqueira, Nailor Proveta sopra o clarone que introduz a gravação de Emoriô (João Donato e Gilberto Gil, 1975). Proveta também aparece em Bluchanga (1965), tocando sax alto em clima de be bop na gravação conduzida pelo ritmo cubano do chá-chá-chá. Já o baterista Cuca Teixeira e o trombonista François de Lima figuram como convidados no registro de Bananeira (João Donato e Gilberto Gil, 1975). Ao longo do álbum João Donato, presente!, o Walmir Gil Quinteto abolera a canção Até quem sabe (1973) e põe suingue em baladas como Minha saudade (1955 e Quem diz que sabe (João Donato e Paulo Sérgio Valle, 1967), música gravada pelo trompetista com o arranjo que Gil já tocava no fim dos anos 1970 quando integrava o naipe de metais da orquestra regida por José Roberto Branco (1938 – 2025), o Maestro Branco, na casa noturna Ópera Cabaré, na cidade de São Paulo (SP). Mais um indício de que Walmir Gil parece ter esperado cerca de 50 anos para gravar esse tributo fonográfico a João Donato, mestre da bossa latina. João Donato, presente! é o terceiro título da discografia solo de Walmir Gil, iniciada há 20 anos com o álbum Passaporte (2005), ao qual se seguiu Novas histórias em 2012. Capa do álbum ‘João Donato, presente!’, do Walmir Gil Quinteto Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/10/28/trompetista-walmir-gil-acerta-contas-afetivas-com-joao-donato-em-album-feito-com-quinteto-de-afro-jazz-latino.ghtml


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